A mulher negra e a afirmação de sua identidade: uma análise sócio-histórica.

Abstract

É fundamental explicitar as diferenças ainda existentes entre negros e brancos e principalmente entre as mulheres negras. O racismo ainda predomina em nossa sociedade sendo elemento estruturante que mantem as violências sexuais e trabalhistas constituídas historicamente contra a população negra. A mulher negra traz em suas raízes a exploração trabalhista escravista e sexual imposta pelo homem branco senhor de engenho. Hoje essas mulheres ainda são tratadas de forma mercantilizadas pela sociedade capitalista em que vivemos, reconstruindo o ideal escravista, cabe à mulher negra os papeis secundários e subalternos da sociedade, sendo vista como mercadoria barata pelo homem branco. Em meio a esse contexto a mulher negra acaba por perder sua identidade, não mais se vendo como negra, buscando se parecer com o branco para alcançar visibilidade na sociedade. O presente trabalho tem como objetivo contribuir para a reflexão acerca da afirmação da identidade da mulher negra e o combate ao branqueamento dessas mulheres por nossa sociedade. Utilizamos como procedimento metodológico revisão bibliográfica acerca do feminismo negro através da autora Barreto (2005), de revista eletrônica com texto de Carneiro (1995) e bem como texto de sites feministas de Lobo e Silva (2015). Assinalando para a compreensão de que o branqueamento da mulher negra pregado pela nossa sociedade deve ser combatida através da consciência étnica, para que a alienação racial seja quebrada dando lugar a genuína liberdade da mulher negra.