Estudo da Eficiência de Bagaço de Caju na Remoção de Óleo de Efluentes Oleosos
Palavras-chave:
Bagaço de caju, Hidrofobização, Adsorção, Efluente oleosoResumo
Ao longo da vida produtiva de um campo de petróleo ocorre a produção simultânea de gás, óleo e água. A água produzida apresenta comumente compostos inorgânicos, metais pesados, sais, entre outros contaminantes, e descartá-la de maneira inadequada pode contaminar o meio ambiente, por isso é necessário um tratamento adequado para este tipo de efluente. Portanto, este trabalho tem por objetivo avaliar a eficiência do bagaço de caju como adsorvente na remoção de óleo de efluentes, através da técnica de adsorção, e verificar, posteriormente, a eficiência desse resíduo no tratamento da água produzida em poços de petróleo. O trabalho iniciou com revisão da literatura e obtenção do bagaço de caju. O bagaço foi lavado em água corrente e posto para secar a sombra, em seguida foi triturado e submetido à caracterização granulométrica. Foi utilizada a faixa granulométrica -100+120 mesh, que teve parte hidrofobizada. Um efluente sintético foi preparado com óleo diesel S500 e, em seguida, foram realizados ensaios de adsorção em banho finito, utilizando-se 3 e 5g do material adsorvente (bagaço de caju) tanto na forma in´natura como na forma hidrofobizada, com cera de carnaúba. O potencial de adsorção dos materiais foi avaliado através da técnica de turbidez. O pH do efluente também foi analisado. A turbidez inicial do efluente foi de 1020 NTU e o pH foi 4,9. Após os ensaios de adsorção observou-se que ocorreu maior remoção de turbidez com 5g do material na forma natural 39,25%. No experimento em que foi utilizado a mesma quantidade do material hidrofobizado (5g), a remoção foi de 38,10%. Utilizando-se 3g do material nas formas In´natura e hidrofobizada obteve-se remoção de 30,52% e 30,03%, respectivamente. O pH das amostras após os ensaios de adsorção foi em média de 4,8, ou seja, o meio permaneceu ácido. Conclui-se que o bagaço de caju mostra um razoável potencial para remoção de turbidez de efluente oleoso e pretende-se compreender melhor o comportamento do mesmo, realizando experimentos futuros com uma massa maior desse material, além de estudos visando aumentar o pH do efluente, para valores acima de 5,0, que é o mínimo aceito para descarte de efluentes oleosos.