Desenvolvimento de bioadsorvente de espécie invadora da Caatinga para a adsorção de herbicidas

Autores

  • Ana Candida Lobão da Costa Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • Antonio Rank Sermilher de Sales Barbosa
  • Bruno Caio Chaves Fernandes
  • Daniel Valadão Silva
  • Frederico Maia Girão

Palavras-chave:

Descontaminação, Nim indiano, Ativação química, Atrazina.

Resumo

A contaminação de corpos hídricos por herbicidas utilizados na agricultura aumentou significativamente nas últimas décadas, gerando preocupações sobre os impactos ambientais e à saúde humana. A atrazina, um dos herbicidas mais usados, tem sido amplamente associada à poluição de sistemas aquáticos, afetando a biodiversidade e a qualidade da água. Em busca de soluções sustentáveis, este estudo avaliou a eficácia de um bioadsorvente ativado quimicamente, produzido a partir da poda do nim indiano (Azadirachta indica), uma planta invasora na caatinga, para adsorver atrazina em soluções aquosas. O nim foi seco, triturado e ativado com 50% e 100% de ácido sulfúrico (98% de pureza), o processo envolveu a adição de 250 ml de ácido e 50 g de nim, agitada de forma moderada por 4 horas a 90°C e 120 rpm. Após a ativação, o material foi lavado com água destilada aquecida a 100°C até atingir pH 6,5, seco novamente e peneirado. O bioadsorvente ativado consegue remover até 99,01% da atrazina, com eficiência superior ao nim in natura, especialmente quando tratado com 100% de ácido sulfúrico. A ativação química foi importante para melhorar a capacidade de adsorção, e a eficiência variou conforme a concentração de ácido utilizada, sendo mais eficaz com concentrações mais altas. O uso do nim indiano como bioadsorvente oferece benefícios duplos: contribui para o controle de uma planta invasora e para a remoção de contaminantes de corpos d'água. Assim, a utilização de resíduos vegetais ativados quimicamente se mostra uma alternativa sustentável e eficaz para mitigar a poluição de ambientes aquáticos por herbicidas, destacando-se como uma solução ecológica e de baixo custo para o tratamento de água.

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Publicado

07-01-2025

Edição

Seção

Núcleo 1: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas e Ciências da Saúde: