Comportamento ecofisiológico da aceroleira (Malpighia emarginata D.C.) irrigada com águas salinas sob atuação de atenuantes aplicados via foliar
Palavras-chave:
Acerola; Fruticultura; Irrigação; SalinidadeResumo
A acerola (Malpighia emarginata D.C.), é uma frutífera nativa da América Tropical. O Nordeste brasileiro é responsável por 78% da produção nacional que têm uma produtividade média de 29,65 t/ha. No Brasil, a acerola é comercializada tanto in natura quanto processada em produtos. No entanto, os produtores enfrentam desafios abióticos, como estiagem e salinidade, que ameaçam a agricultura e o meio ambiente. A pesquisa, avaliou o crescimento durante a fase de produção de porta enxerto de aceroleiras submetida a estresse salino e a aplicação foliar de ascórbico (AsA). O estudo foi conduzido no município de Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil, em casa de vegetação, pertencente ao Grupo de Pesquisa em Fruticultura da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, e utilizou mudas produzidas a partir de sementes do pomar didático da instituição. O experimento foi realizado com diferentes níveis de salinidade (0,55; 2; 4; e 6 dS m-1) e a aplicação de AsA (1 mM) via foliar a cada 15 dias. Os resultados mostraram que o AsA melhorou o desempenho das plantas em geral especialmente ao considerar a variável número de folhas, exceto para o comprimento da raiz, massa fresca da folha, massa seca da folha e massa seca da raiz, onde as plantas testemunhas, sem AsA, tiveram melhores médias. O aumento da salinidade reduziu o peso fresco e seco das folhas, caule e raiz. O AsA mostrou-se menos eficaz em altos níveis de salinidade, especialmente a 6 dS m-1, onde não houve efeito positivo para as variáveis estudadas. Dessa forma, a salinidade alta causou acúmulo de sais no solo, dificultando a absorção de água e inibindo o crescimento das plantas.