Análise crítica de livros didáticos de língua inglesa do novo ensino médio sob a perspectiva do inglês como língua franca.

Autores

  • Ivo Camargo André Alves UFERSA
  • Jeová Araújo Rosa Filho UFERSA

Palavras-chave:

Inglês com Língua Franca, Ensino Médio, Língua Inglesa, BNCC, Livro Didático

Resumo

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe uma importante mudança paradigmática no ensino de inglês, que  neste documento orientador passa a ser compreendido como língua franca. Em termos mais práticos, o documento orienta-se por uma perspectiva de língua como uma prática social intercultural e desterritorializada, bem como pela compreensão da educação linguística como uma experiência de expansão de repertórios (linguísticos, culturais e multissemióticos) particularmente situada em contextos globais e locais. Tendo como fundamento as orientações da BNCC, é importante investigar de que modo os Livros Didáticos (LDs) de Língua Inglesa (LI) aprovados pelo PNLD após a publicação da BNCC consideram essas mudanças paradigmáticas e como as viabilizam em termos práticos na construção de materiais de aprendizagem de LI. Este estudo, portanto, tem como objetivo investigar como as atividades de Speaking, Listening, Writing e Reading do livro didático Anytime, aprovado em 2021 pelo PNLD, promove práticas de ensino de inglês como língua franca, tendo em vista, particularmente, movimentos de desterritorialidade e interculturalidade, conforme orienta o paradigma do Inglês como Língua Franca (ILF). Metodologicamente, nossa pesquisa inscreve-se em uma perspectiva descritivo-interpretativa e segue uma abordagem qualitativa. O corpus é formado por atividades, questões, textos e materiais de áudio das sessões de Speaking, Listening, Writing e Reading das unidades 1, 7 e 13 do livro didático Anytime (Marques; Cardoso, 2020). A análise investiga a promoção de desterritorialidade e interculturalidade nas atividades presentes no livro didático. Nosso embasamento teórico inclui autores que discutem o ILF a partir de uma ótica conceitual e pedagógica, como Jenkins (2007), Seidlhofer (2011) e Rosa Filho, Volpato e Gil (2018). A análise do material revelou que as atividades das sessões de Speaking, Writing e Reading, de modo geral, demonstram um alinhamento com às discussões do ILF, ao oferecer oportunidades de práticas linguísticas desterritorializadas e interculturais por meio de atividades que demonstram o uso da língua em diferentes contextos com falantes de diferentes origens linguísticas. As atividades de Listening, entretanto, ainda demonstram dar preferência para variantes nativas do inglês, apresentando menos diversidade linguística e variedade contextual.

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Publicado

07-01-2025

Edição

Seção

Núcleo 3: Ciências Humanas, Ciências Sociais e Aplicadas, Linguística, Letras e Artes