Distribuição de Prosopis spp. no Oeste Potiguar, por interpretação visual de imagens de satélite.
Palavras-chave:
Algaroba, Invasão biológicaResumo
O gênero Prosopis L. (Algaroba) pertence à família Fabaceae, subfamília Mimosoideae e, no Brasil, foi introduzida na década de 1940 no Nordeste, inicialmente, no estado de Pernambuco, para contribuir com o desenvolvimento regional. O comportamento de invasão biológica sobre a vegetação da Caatinga se deve ao eficiente processo de dispersão endozoocórica e ao nível de degradação antrópica da Caatinga que contribui para o desequilíbrio do ambiente e facilita o processo de ocupação da algaroba. Diante da disseminação da algaroba e como forma de monitorar a sua ocupação por grandes extensões e em alguns casos de áreas de difícil acesso, as imagens orbitais passam a ser consideradas imprescindíveis para se obter produtos por meio do sensoriamento remoto. O objetivo deste trabalho é conhecer a distribuição espacial da algaroba, no Oeste Potiguar, Rio Grande do Norte, por interpretação visual de imagens de satélite utilizando em ambiente SIG (Sistema de Informação Geográfica). Para fins deste trabalho adotaram-se os seguintes elementos de interpretação: tonalidade/cor (facilidade de discriminar cor), textura (impressão de rugosidade) e localização (proximidade de corpos d’água). Foram registradas 866 áreas, totalizando 13.203 hectares, o que corresponde a 0,62% da área total do Oeste Potiguar. Os municípios no quais não foram registradas áreas significativas de algarobais foram: Água Nova, Almino Afonso, Baraúna, Doutor Severiano, Frutuoso Gomes, Itajá, Lucrécia, Major Sales, Martins, Paraná, Paraú, Patu, Portalegre, Porto do Mangue, Rafael Godeiro, Riacho de Santana, São Rafael, Serra do Mel, Triunfo Potiguar, Umarizal e Viçosa. Os resultados mostraram que os algarobais estão distribuídos, preferencialmente, ao longo dos cursos de rios e que os municípios de Areia Branca, Grossos, Mossoró e Carnaubais apresentam maior concentração de algarobais.