Avaliação do potencial anti-inflamatório e antioxidante do extrato da abóbora (Cucurbita maxima) em neutrófilos humanos expostos ao extrato da fumaça do cigarro
Palavras-chave:
Cucurbita maxima, Neutrófilos, espécies reativas de oxigênio, fumaça de cigarroResumo
Introdução: A inalação da fumaça de cigarro pode causar um processo oxidativo e inflamatório no organismo humano, ocasionando uma resposta do sistema imunológico em conjunto com diversos danos. Os neutrófilos são células importantes e relevantes para a defesa primária do organismo, sendo capazes de fagocitar os patógenos presentes no tecido danificado, de formar armadilhas extracelulares dos neutrófilos (NETs) e de produzir espécies reativas de oxigênio (ROS), agravando o estresse oxidativo causado pela fumaça de cigarro. A Cucurbita maxima Duchesne, conhecida popularmente como abóbora, é usada como fonte alimentar, mas possui raízes na medicina tradicional como planta medicinal por apresentar bioativos naturais. As suas sementes apresentam potencial farmacológico, sendo descritos seus efeitos antimicrobiano, antiparasitário, anti-inflamatório, antioxidante e analgésico. Objetivo: Investigar a atividade antioxidante e anti-inflamatória do extrato hidroalcoólico da semente de C. maxima em neutrófilos humanos expostos ao extrato da fumaça de cigarro. Material e Métodos: Foi utilizado cultivar comercial de C. maxima para obtenção do extrato hidroalcoólico. Os neutrófilos foram coletados de indivíduos saudáveis (não fumantes). Foram realizadas análises de citotoxicidade e mensuração de produção de ROS por citometria de fluxo, sendo utilizados os seguintes grupos experimentais: Controle Negativo (CN), Controle Solvente (CS), Extrato da Fumaça de Cigarro (CSE: 3; 5 e 10%), Extrato da Semente de Abóbora (ESA: 0,01; 0,1 e 1 mg/mL). Para análise da produção de ROS, os neutrófilos foram estimulados com phorbol-12-miristato-13-acetato (grupo PMA) como controle positivo e o difenileno-iodônio foi utilizado como controle inibidor (grupo DPI). Resultados: O ESA apresentou uma viabilidade celular acima de 90% nas concentrações avaliadas, induzindo baixa porcentagem de morte celular (apoptose e necrose). O grupo CSE 10% apresentou uma alta taxa de morte celular (90%). O ESA nas concentrações de 0,1 mg/mL e 1 mg/mL foi capaz de inibir a produção de ROS em neutrófilos após estímulo com PMA (p<0,05). enquanto que os resultados de mensuração de produção de ROS demonstraram que as maiores concentrações avaliadas do ESA possui uma atividade antioxidante. Conclusão: ESA não apresenta toxicidade em neutrófilos humanos nas concentrações avaliadas e possui potencial antioxidante.