Compatibilidade de combinações da enxertia em acessos de meloeiro resistentes a Meloidogyne incognita
Palavras-chave:
Cucumis melo L., nematoides, resistênciaResumo
Diversos patógenos são responsáveis por causar danos significativos às culturas agrícolas, destacando-se os nematoides pela sua ampla distribuição geográfica e capacidade de atacar diversas espécies hospedeiras (polífagos). Para o controle desses organismos, várias estratégias têm sido desenvolvidas, sendo a resistência genética uma das mais estudadas. Uma abordagem que pode ser implementada de forma mais imediata e eficaz na cultura do meloeiro é a técnica da enxertia, que se mostra como uma ferramenta promissora para mitigar os efeitos deletérios causados por nematóides. Este trabalho teve como objetivo avaliar a compatibilidade de combinações de enxertia em meloeiro (Cucumis melo L.), utilizando porta-enxertos resistentes a Meloidogyne incognita. O ensaio foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Acessos de melão resistentes a Meloidogyne incognita (AC-09 e AC-51) foram utilizados como porta-enxertos, e genótipos suscetíveis (Gladial e MRL-09) como enxertos, sendo distribuídos em oito tratamentos, resultantes das combinações: T1 (AC-09 + Gladial); T2 (AC-09 + MRL 09); T3 (AC-51 + Gladial); T4 (AC-51 + MRL 09); T5 (Autoenxeria do Gladial); T6 (Autoenxeria do MRL 09); T7 (Pé-Franco Gladial) e T8 (Pé-Franco MRL 09), em blocos casualizados com cinco repetições e quatro plantas por parcela. Para identificar as melhores combinações de porta-enxertos e enxertos foram analisadas as influências nas variáveis produtivas e qualitativas dos frutos. Os resultados obtidos mostraram diferenças significativas nas variáveis de pós-colheita, como espessura da polpa, formato do fruto e diâmetro longitudinal, com destaque para as combinações com o híbrido Gladial, que produziram frutos mais alongados, e para as combinações com a linhagem MRL-09, que apresentaram frutos com maior espessura de polpa e sólidos solúveis. Esses resultados podem ser explorados para otimizar a seleção de cultivares para usos como porta-enxertos, ajustando práticas de manejo e enxertia para atender melhor às demandas do mercado e melhorar a qualidade dos frutos.