Caracterização fenotípica e análise do perfil de resistência bacteriana em isolados de Pseudomonas aeruginosa provenientes de pacientes hospitalizados

Autores

  • Lucas Matos Victor Ufersa
  • Caio Augusto Martins Aires
  • Lara Michelly Soares de Souza

Palavras-chave:

P. aeruginosa, Resistência, Carbepenemases.

Resumo

Pseudomonas aeruginosa é um patógeno oportunista com elevada resistência a antibióticos, sendo uma das principais causas de infecções nosocomiais, como pneumonia associada à ventilação mecânica e infecções urinárias relacionadas a cateteres. A resistência se deve a mecanismos intrínsecos, como bombas de efluxo, baixa permeabilidade da membrana e mutações que aumentam a expressão de genes resistentes. Além disso, essas cepas podem produzir carbapenemases, enzimas que conferem alta resistência aos carbapenêmicos, sendo uma ameaça significativa à terapia antimicrobiana. Objetivou-se investigar o perfil de resistência antimicrobiana dessa bactéria e a capacidade de produção de carbapenemase, utilizando isolados oriundos de amostras de pacientes hospitalizados em Mossoró-RN. O projeto é exploratório e observacional, focando na caracterização fenotípica da resistência e na detecção de carbapenemases e resistência à polimixina B. As amostras utilizadas foram cedidas por hospitais locais e foram analisadas no Laboratório de Microbiologia Clínica (LABMIC) da UFERSA. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa (6.098.878). Os isolados de P. aeruginosa foram identificados previamente no hospital, e confirmados no LABMIC por testes bioquímicos convencionais. Também foram testados quanto à susceptibilidade a diferentes antimicrobianos, utilizando teste de disco-difusão (BrCAST) e o Polymyxin Drop Test. O teste mCIM foi realizado para identificar a produção de carbapenemases e o eCIM determinou se a esta enzima é do tipo metalo-β-lactamases (MBLs). Quanto ao perfil de resistência antimicrobiana, 100% de sensibilidade ao drop test, 100% de resistência para Amicacina,  Imipenem, Aztreonam, Ciprofloxacino, Cefepima e Ceftazidima, e para Meropenem foram obtidas 94,1% de amostras resistentes e 5,9% intermediárias. Todas as cepas foram positivas para serino beta-lactamases, mas não foi encontrada nenhuma MLB. Em conclusão, este projeto foi essencial para melhorar as estratégias de tratamento de infecções hospitalares e para o desenvolvimento de novas abordagens que possam conter a disseminação de patógenos resistentes. Os dados obtidos ajudarão na definição de protocolos clínicos mais eficazes, contribuindo para a segurança dos pacientes e a eficiência dos serviços de saúde.

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Publicado

07-01-2025

Edição

Seção

Núcleo 1: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas e Ciências da Saúde: