Achados de radiografia toráxica em cães Infectados por Dirofilaria immitis
Palavras-chave:
Alterações cardiopulmonares, Mossoró, EstadiamentoResumo
A dirofilariose corresponde a uma cardiopatia parasitária, de potencial zoonótico e que tem como hospedeiros definitivos canídeos domésticos e selvagens. Essa enfermidade é causada pela Dirofillaria immitis, um nematódeo, cuja transmissão ocorre mediante repasto sanguíneo, entre indivíduos doentes e sadios, realizados por mosquitos, dos gêneros Aedes, Culex e Anopheles. Sendo assim, por ser uma enfermidade de maior prevalência em regiões de clima tropical, sobretudo com maior prevalência da infecção em áreas costeiras, e por ser diretamente responsável por causar alterações significativas no sistema cardiopulmonar dos cães, são fatores que justificam o uso da radiografia toráxica como forma de estadiamento do grau de comprometimento cardiopulmonar de cães, portadores da doença, que compõem a população da cidade de Mossoró. Dessa maneira, foram usados 8 cães diagnosticados com a enfermidade mediante resultado positivo ao teste imunocromatográfico para a detecção de antígenos da Dirofilaria immitis (Dirofilariose Ag Test Kit, Alere®). Posteriormente, diante dos resultados obtidos no exame clínico, nas análises clínicas, laboratoriais e a realização de exame de ecocardiograma, foi possível estadear os animais nos seguintes grupos: 5 (62,5%) animais com baixa infecção, 2 (25%) com infecção moderada e 1 (12,5%) com infecção grave. Quanto aos achados de radiografia toráxica, notou-se a ocorrência de padrões pulmonares variados, destacando-se a ocorrência do padrão broncointerticial em 62,5% (5/8) dos casos, padrão intersticioalvelar em 25% (2/8) e padrão alveolar em 12,5% (1/8). Além do mais, 50% (4/8) possuíam aumento cardíaco direito; 25% (2/8) possuíam sinais de dilatação de artérias pulmonares, aumento de silhueta hepática em 12,5 % (1/8) dos pacientes, além da ocorrência de quadro de ascite em 25% (2/8) dos enfermos. No que tange a sintomatologia observada nesses pacientes, tosse não produtiva e cansaço foram as sintomatologias mais observadas, estando esses presente, e em 75% (6/8) dos indivíduos avaliados, seguida de alterações de ausculta cardíaca em 25% (3/8) dos cães e ascite em 25% dos pacientes. Por fim, a radiografia torácica demonstra ser um exame acessível, com valia diagnóstica na caracterização de alterações vasculares e do parênquima pulmonar decorrentes da doença, ainda que sutis, e que pode ser utilizada na rotina como importante ferramenta de complementação diagnóstica.