Compatibilidade entre produtos à base de bactérias e Trichoderma utilizados na produção de melão

Autores

  • Silvan Manoel Da Silva Filho Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • Igor Vinícius Pereira da Silva Universidade Federal do Semi-Árido
  • Tatianne Raianne Costa Alves Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • Vitória Maria Gomes Souza
  • Márcia Michelle de Queiroz Ambrósio Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Palavras-chave:

Sustentabilidade., Cucumis melo., Controle Biológico., Antagonismo.

Resumo

O meloeiro (Cucumis melo L.), principal cultura olerícola no Rio Grande do Norte, enfrenta desafios significativos devido a doenças fúngicas que comprometem sua produção. A crescente demanda por métodos sustentáveis e a redução no uso de defensivos químicos têm levado ao uso de produtos biológicos, como biofertilizantes, biopesticidas e inoculantes, que ajudam a melhorar a saúde das plantas e promover a sustentabilidade. No entanto, a interação entre esses produtos pode ser complexa e deve ser gerida com cuidado para evitar efeitos adversos e garantir a eficácia (Elad et al., Plant Pathology, v. 65, p. 204-219. 2016). O objetivo do presente estudo foi avaliar a compatibilidade entre produtos biológicos utilizados no cultivo do meloeiro no Brasil. Foram realizados dois experimentos independentes. No experimento I, o produto Quality®, que tem como ingrediente ativo o fungo Trichoderma asperellum URM 5911, foi misturado com diferentes produtos à base de bactérias e o crescimento in vitro dessas misturas de produtos foi comparado com o crescimento do produto à base de Trichoderma plaqueado isoladamente. Neste ensaio, utilizou-se 6 tratamentos e cinco repetições.  No segundo experimento, 5 produtos à base de bactérias foram plaqueados individualmente, e cada um também foi plaqueado em conjunto com o produto Quality®. Neste caso, utilizou-se 10 tratamentos e 5 repetições. Em ambos os ensaios, foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado. Cada ensaio foi repetido para confirmação dos resultados. No experimento I, os tratamentos foram T1 (Controle) - T. asperellum; T2 - T. asperellum + B. subtilis, Lactobacillus plantarum e Enterococcus faecium, T3 - T. asperellum + B. subtilis e B. licheniformis, T4 - T. asperellum + B. pumilus, B. subtilis e B. amyloliquefaciens, T5 - T. asperellum + B. subtilis, T6 - T. asperellum + Bacillus subtillis. No experimento II, os tratamentos foram T1 - B. subtilis, Lactobacillus plantarum e Enterococcus faecium, T2 - B. subtilis e B. licheniformis, T3 - B. pumilus, B. subtilis e B. amyloliquefaciens, T4 - B. subtilis, T5 - Bacillus subtillis, T6 - B. subtilis, Lactobacillus plantarum e Enterococcus faecium + T. asperellum, T7 - B. subtilis e B. licheniformis + T. asperellum URM 5911, T8 - B. pumilus, B. subtilis e B. amyloliquefaciens + T. asperellum, T9 - B. subtilis + T. asperellum, T10 - B. subtillis + T. asperellum. A análise de variância (ANOVA, p > 0,05), no experimento I, mostrou que os tratamentos T3, T5 e T6 apresentaram quantidades de T. asperellum inferiores ao controle, demonstrando incompatibilidade parcial entre os produtos. Já os tratamentos T2 e T4, foram compatíveis, apresentando um estímulo significativo no crescimento do fungo no T2. No experimento II, os tratamentos T6, T7, e T8 apresentaram quantidades de UFCs de bactérias inferiores quando comparados com seu respectivo controle, havendo incompatibilidade parcial. Já os tratamentos T9 e T10 não apresentaram diferença estatística em relação ao controle, demonstrando compatibilidade. 

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Publicado

07-01-2025

Edição

Seção

Núcleo 1: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas e Ciências da Saúde: