Superação de dormência em sementes de pau-branco-do-sertão (Auxemma oncocalyx), utilizando métodos físicos

Resumo

Pau-branco é uma espécie vegetal de predominante na caatinga e que pode fornecer madeira, levando a sua extração (MUNIZ, C. R. Method of opening the fruits, biometry and anatomical description of embryonic development in pau-branco (Cordia oncocalyx Allemão) seeds. Ciência Florestal, 32(2): 979-995, 2022). Sua propagação ocorre por sementes, porém a estrutura física dos diásporos não permite a exposição adequada das sementes aos fatores que são necessários para a germinação, além da exposição ao ataque de insetos que prejudicam o embrião e podem até evitar a germinação (Araújo, J. K. P. Caracterização biométrica de diásporos e sementes e propagação sexuada e vegetativa de Cordia oncocalyx (Allemão) Baill. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Dissertação (Mestrado): Ciências Florestais, 145 f, 2020.). Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi submeter as sementes de pau-branco a um tratamento físico para construir a curva de absorção das sementes dessa espécie e avaliar a possibilidade de superar sua dormência através da pressão hidrostática. O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Análise de Sementes (LAS) do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA). Foi coletado um total de 100 sementes de uma árvore matriz na UFERSA e depositados 25 sementes cada um de quatro recipientes plásticos, construídos com garrafas pet, contendo uma tela metálica para evitar que as sementes boiem e preenchido o recipiente até 15 cm de altura com água. Todos os dias as sementes foram retiradas dos recipientes, removido o excesso de água, pesadas e registrado o peso em uma planilha para se observar o ganho de peso ao longo do tempo e construir o gráfico de absorção de água das sementes de pau-branco ao longo de 130 dias. Durante os 50 primeiros dias, as sementes aparentam representar a fase I do processo de germinação enquanto os demais aparentam representar a fase II, não sendo observado indício da fase III ou as fases subsequentes. Dessa forma, é necessário novas pesquisas para observar se o aumento da coluna de água nos recipientes irá acelerar o processo de germinação da semente.