Efeitos do tratamento combinado do pondera® (cloridrato de paroxetina) e clonazepam (rivotril) sobre o peso de órgãos de ratos Wistar

Autores

  • Kewin Henderson Xavier Monteiro UFERSA
  • Rafaely Araujo Barroso
  • Isabel Cristina Queiroz da Costa
  • Aline Gabrielle Gomes Da Silva
  • Cibele dos Santos Borges

Palavras-chave:

antidepressivos, Comportamento sexual, Depressão

Resumo

A depressão é um transtorno global que afeta uma parte significativa da população mundial. De acordo com pesquisas epidemiológicas realizadas em populações gerais, observou-se que a prevalência de depressão ao longo da vida varia entre 10% e 15%. Os antidepressivos são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com depressão, pois atuam regulando os neurotransmissores cerebrais (serotonina, dopamina e noradrenalina), que se encontram em desequilíbrio. No entanto, esses medicamentos apresentam diversos efeitos colaterais, podendo afetar o sistema reprodutor. Por isso, o presente estudo teve como objetivo investigar os possíveis efeitos do cloridrato de paroxetina e do clonazepam (Rivotril), da classe dos benzodiazepínicos, sobre o sistema reprodutor masculino, verificando sua possível toxicidade sobre os órgãos reprodutivos e vitais. Para o estudo, utilizou-se ratos machos adultos, albinos da linhagem Wistar, provenientes do biotério da UERN e mantidos no biotério da UFERSA (parecer CEUA 12/2023) divididos em quatro grupos experimentais (n=7/grupo): grupo controle (recebeu solução veículo de água + DMSO), paroxetina (grupo tratado com a dose de 20 mg/kg de cloridrato de paroxetina  diluída em veículo), rivotril (grupo tratado com a dose de 20 mg/kg de rivotril diluída em veículo) e paroxetina + rivotril (grupo tratado com a combinação de paroxetina + rivotril nas mesmas doses). Os animais foram tratados por 28 dias por via oral na qual foram avaliados os pesos corporais finais e durante o tratamento. Ao final do tratamento foram eutanasiados por saturação anestésica de xilazina e ketamina, o os pesos dos órgãos vitais e reprodutivos foram obtidos. Análise estatística: ANOVA seguido de Dunnet (considerando p<0,05). Os resultados mostraram que não houve diferença significativa entre os parâmetros de peso absoluto e relativo dos órgãos vitais (dados não mostrados). O mesmo foi observado com relação a média dos pesos corporais finais dos grupos controle, pondera, rivotril e pondera combinado com rivotril, respectivamente (264,20 ± 9,08g x 253,20 ± 21,92g x 273,10±14,58g x 268,70 ± 10,49g), assim como a média do ganho de peso destes mesmos grupos (21,83 ± 5,53g x 14,17 ± 22,88g x 32,86 ± 11,47g x 27,71 ± 13,67g; P >0,05). Além disso, tanto o peso absoluto dos testículos (1,61 ± 0,03g x 1,47 ± 0,12g x 1,51 ± 0,04g x 1,56 ± 0,04g) como o peso relativo expresso em mg/100g (614,40 ± 24,77 x 585,90 ± 31,72 x 558,80 ± 23,95 x 584,50 ± 22,08) também não se mostraram estatisticamente diferentes. Portanto, pode-se afirmar que, mesmo sendo dados preliminares, não foram observados uma predisposição a toxicidade durante a utilização desses ansiolíticos isolados ou associados nos animais expostos. Uma vez que o peso é um parâmetro diretamente ligado a distúrbios metabólicos.

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Publicado

07-01-2025

Edição

Seção

Núcleo 1: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas e Ciências da Saúde: