Qualidade pós-colheita de alface produzida sob adubação verde em ambiente semiárido

Resumo

A associação de culturas juntamente com as técnicas de adubação verde e manejo da densidade populacional, tem sido uma das formas de aumentar a produtividade e lucro por unidade de área, por favorecer e otimizar as condições do sistema, assegurando níveis satisfatórios no desenvolvimento e produtividade de folhosas. A alface (Lactuca sativa L.) é uma cultura anual de importância olerícola, rica em vitaminas B1, B2, C, sais minerais, alto teor de bioflavonoides e outros antioxidantes, fibras e de baixo valor calórico. O objetivo deste trabalho foi avaliar os índices de qualidade pós-colheita da alface consorciada com a beterraba adubada com diferentes quantidades de biomassa de jitirana e flor-de-seda e densidades populacionais em ambiente semiárido. O delineamento experimental utilizado foi o fatorial 4x4, em blocos casualizados, com quatro repetições, testando diferentes quantidades equitativas de biomassa de Merremia aegyptia e Calotropis procera (25, 45, 65, 85 t ha^-1 em base seca) e densidades populacionais de plantas de 40, 60, 80 e 100% da densidade recomendada para cultivo solteiro do coentro, combinadas com 500 mil plantas por hectare de beterraba. A alface foi plantada em sucessão ao coentro nas densidades de 40, 60, 80 e 100% da DRCS. As características avaliadas foram: pH, sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), açúcares solúveis totais (AST), vitamina C e parâmetros de cor. Os valores máximos obtidos foram de 5,75; 3,10; 0,14% de ácido málico e 26,67 para pH, SS, AT e relação SS/AT, respectivamente. Já para AST e teor de vitamina C foram de 2,32% e 4,99 mg 100^-1, respectivamente. A combinação para alcance de uma melhor qualidade pós-colheita da alface foi com a dose de 85 t ha^-1 e densidade populacional que varia entre 53% e 100% da DRCS da folhosa. O uso das espécies espontâneas como adubo verde em sistema consorciado de alface com beterraba, conferiu incremento na qualidade pós-colheita da alface.