Levantamento de espécies de plantas nativas da caatinga com possível potencial medicinal
Palavras-chave:
Extratos Vegetais, Atividade Antimicrobiana, Flora da caatinga.Resumo
A utilização de plantas para fins medicinais é uma prática ancestral e contínua, essencial em comunidades com acesso limitado aos medicamentos convencionais. Este estudo investigou as propriedades antimicrobianas de plantas nativas da Caatinga, um bioma semiárido brasileiro caracterizado por alta biodiversidade. Foram produzidos extratos etanólico de três importantes espécies: Aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi), Cajueiro (Anacardium occidentale L.) e a Chanana (Turnera subulata Willd. ex Schult.). As folhas dessas plantas foram coletadas, secas, trituradas e submetidas à extração por maceração. Após a rotaevapopração a atividade antimicrobiana dos extratos foi testada contra a bactéria Escherichia coli (T. Escherich, 1885) utilizando a técnica de poços em difusão em ágar. Os resultados mostraram que os extratos apresentaram baixa atividade antimicrobiana com formação de halos de inibição pequenos. O extrato da Aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi), nas concentrações de 20%, 40% e 80%, apresentaram inibição de 0,6, 0,9 e 1,4 mm, respectivamente. Em geral, os extratos etanólicos testados não apresentaram inibição significativa do crescimento bacteriano com a cepa de E. coli testada, que na literatura é evidenciada a alta resistência à antibióticos comerciais e uma das principais bactérias com alta resistência causadora de infecções hospitalares. A presente pesquisa destaca a importância de explorar outras metodologias e combinações de substâncias que possam extrair e maximizar o potencial terapêutico dessas plantas que comumente já são utilizadas pela população do semiárido, contribuindo para a compreensão das limitações e potencialidades das plantas da Caatinga em tratamentos terapêuticos.