Alimentação proteica em Melipona subnitida: testando formas de esterilização de pólen
Palavras-chave:
Melipona subnitida, Melissococcus plutonious, Cria pútrida europeia, Meliponicultura.Resumo
A criação de abelhas sem ferrão (Hymenoptera, Apidae, Meliponini) conhecida como Meliponicultura, é uma atividade importante para a geração de renda ao produtor e promoção do serviço ambiental de polinização. Na Caatinga as abelhas precisam ser alimentadas artificialmente durante a seca, para manter sua capacidade produtiva. Para a alimentação energética, utiliza-se xarope de sacarose invertida, enquanto para a protéica, bombons de pólen de Apis mellifera têm se popularizado. Contudo, essa prática tem sido criticada devido ao risco de transferência de doenças, anteriormente restritas apenas em A. mellifera. Este trabalho buscou testar métodos de esterilização do pólen apícola para evitar a proliferação de doenças em meliponários. Para os testes, foram avaliados três métodos: cozimento, pasteurização e luz ultravioleta. Foi medida a eficiência com base no tempo de exposição. Após o tratamento, bombons de pólen foram confeccionados e oferecidos a seis ninhos de Melipona subnitida, e foram acompanhados semanalmente, avaliando as condições das colônias e o ganho de peso. Quinze amostras foram enviadas para análise PCR no LASA para detecção do possível patógeno. Os resultados demonstraram que o uso do bombom de pólen como indutor de oviposição de rainhas não se mostrou eficiente, não diferindo do controle. Todas as amostras que passaram por tratamento de esterilização se apresentaram positivas para a presença do DNA bacteriano da cria pútrida europeia. Nossos resultados indicam que a transferência de doenças entre A. mellifera e Meliponini pode ocorrer pelo uso de bombom de pólen.