Eficiência do extrato alcoólico da Phyllanthus niruri associado ao óleo de Helianthus annuus in vitro de bactérias oriundas de feridas de gatas (Felis catus) submetidas à ovariosalpingohisterectomia

Autores

  • Mila Luryan Gabriel Nacimento Ufersa
  • Nilza Dutra Alves
  • Grazielly Dantas da Costa
  • Isadora Raquell Soares de Queiroz
  • Francisco Marlon Carneiro Feijó

Palavras-chave:

Fitoterápicos, antimicrobiano, antisséptico, castração.

Resumo

O Brasil possui milhares de espécies vegetais nativas, permitindo a utilização dessas plantas com fins medicinais, de modo a colaborar com o desenvolvimento da fitoterapia, prática milenar, passada de pai para filhos. Em paralelo, a resistência antimicrobiana aos antissépticos convencionais intensifica a busca por outros produtos que possam agir como antimicrobianos. Com isso, a etnoveterinária busca estudar novos princípios ativos advindo de plantas para utilizá-los no tratamento de animais. A Phyllanthus. niruri é utilizada como antisséptico, e o óleo de H. annus é utilizado como cicatrizante. Desta forma, o trabalho tem como objetivo verificar a ação antimicrobiana do extrato alcoólico das folhas, caule e fruto de Phyllanthus niruri associado ao óleo de Helianthus annuus in vitro em bactérias oriundas de de gatas submetidas à ovariosalpingohisterectomia, em suas diferentes concentrações e definir a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM). Com isso, foi realizada a identificação de microrganismos presentes na pele íntegra de gatas oriundas de animais atendidos no HOVET, por meio da citologia, cultivo e provas bioquímicas, sendo identificadas as bactérias Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli. Após a identificação, o extrato alcoólico de P. niruri foi produzido e associado ao Óleo de H. annus, o produto então foi diluído com o diluente DMSO, para que o produto ficasse homogêneo. Para a verificação da eficiência do extrato alcoólico de P. niruri, o qual foi produzido e associado ao Óleo de H. annus, foi usada a microdiluição em placas, realizado em triplicata. Os inóculos foram padronizados utilizando a escala de turbidez (0,8 a 1). Posteriormente, em uma microplaca, em cada poço, com 95 microlitros de meio BHI, foram inoculados 5 microlitros do inóculo em solução salina, em concentrações de 62,5mg/mL, 31,25mg/mL, 15,62mg/mL, 7,81mg/mL, 3,90mg/mL, 1,95mg/mL, 0,97mg/mL, 0,48mg/mL, 0,24mg/mL do antisséptico. Essas concentrações foram testadas em triplicata. Foram realizadas leitura no espectrofotômetro de microplacas no tempo 0 e 24 horas horas. Com isso, foi definido a Concentração Inibitória Mínima do extrato de P. niruri associado ao óleo de H. annus diluídos em DMSO. Para a definição da concentração mínima bactericida, uma alíquota de das concentrações com ausência de crescimento bacteriano das microplacas foram semeadas em Ágar Muller-Hinton e mantida em estufa bacteriológica por 24 horas Foi definida como 15,62mg/ml a concentração mínima bacteriana. A concentração bacteriana mínima foi definida como 31,25mg/mL. Em associação, também foi realizado o CIM apenas do óleo de H. annus, mas este não apresentou concentração inibitória mínima em nenhuma das concentrações testadas, concluindo que o potencial antimicrobiano advém apenas do extrato alcoólico de P. niruri.

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Publicado

07-01-2025

Edição

Seção

Núcleo 1: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas e Ciências da Saúde: