Interações intrínsecas entre Tetrastichus giffardianus Silvestri (Hymenoptera: Eulophidae) e Diachasmimorpha longicaudata (Hymenoptera: Braconidae).

Resumo

Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) e Tetrastichus giffardianus Silvestri (Hymenoptera: Eulophidae) são parasitoides introduzidos no Brasil para o controle biológico da mosca-do-mediterrâneo, Ceratitis capitata (Wiedemann) (Diptera: Tephritidae). A interação entre esses parasitoides pode influenciar na eficácia no controle dessa praga. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da interação de T. giffardianus e D. longicaudata no parasitismo de larvas de C. capitata. Os tratamentos avaliados foram: (T1) parasitismo isolado de D. longicaudata, (T2) parasitismo isolado de T. giffardianus, (T3) exposição simultânea das larvas aos dois parasitoides, (T4) parasitismo sequencial oferecendo larvas primeiro para D. longicaudata e posteriormente para T. giffardianus, (T5) parasitismo sequencial ofertando larvas primeiro para T. giffardianus e depois para D. longicaudata. A cada 48 horas as pupas foram dissecadas para a avaliação da interação intrínseca. A diferenciação desses inimigos naturais foi feita com base na descrição morfológica imatura de cada espécie, com auxílio de pinças e microscópio estereoscópio Leica S8APO. O delineamento utilizado no experimento foi inteiramente casualizado. O parasitismo total foi maior nos tratamentos onde ocorreu a exposição simultânea sendo igual a 55,27%. O menor índice do eulofídeo ocorreu quando exposto de forma sequencial (7,5%) onde as larvas foram ofertas inicialmente para D. longicautada. As vantagens, como a rapidez para encontrar o alvo, o tamanho e as larvas de primeiro instar com mais mobilidade e mandíbulas maiores, provavelmente conferiram ao braconideo os melhores índices de parasitismo. Esses resultados indicam que a interação intrínseca entre D. longicaudata e T.giffardianus apresentou um efeito aditivo o parasitismo quando utilizados de forma simultânea. Entretanto mais estudos são necessários para entender completamente as interações entre esses parasitoides.