Crescimento de variedades crioulas de feijão caupi cultivadas em solo salino sob adubação de silicato de cálcio e potássio

Resumo

A salinização é um dos principais impactos ambientais que afetam agricultura do semiárido. Para o sucesso da agricultura no semiárido, estratégias de manejo da salinidade e tecnologias que minimizem o estresse salino sobre as plantas precisam ser adotadas. Com isso, objetiva-se avaliar a adubação com silício em cinco variedades crioulas de feijão-caupi produzidas sob estresse salino. O experimento foi conduzido em casa de vegetação do Departamento de Ciências Agronômicas e Florestais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), em Mossoró, no ano de 2024. Foram cultivadas cinco variedades crioulas de feijão-caupi: Pingo de Ouro, Costela de Vaca, Paulistinha, Sempre verde e Ceará , em solos salinizados adubados com silicato de potássio e de cálcio, em DBC em esquema fatorial 5x5, com quatro repetições, os tratamentos foram: T1 – solo não salino (controle); T2 – solo salino com 6,0 dS m-1; T3 – solo salino + 1,3 g planta^-1 de Si (via solo) na forma de CaSiO₃; T4 – solo salino + 0,15 g L^-1 de Si (via foliar) na forma de K₂SiO₃; e T5 – solo salino + T3 + T4. As variáveis analisadas foram: diâmetro do caule (DC), comprimento do ramo principal (CRP), número de folhas (NF) e taxa de assimilação de CO₂ (A). A salinidade inibiu o crescimento do ramo principal e do número de folhas. A adubação silicatada não atenuou o efeito da salinidade nessas variáveis. A aplicação de silicato via foliar e via solo, na forma de K₂SiO₃ e CaSiO₃, respectivamente, mitigaram o efeito da salinidade na taxa de assimilação de CO₂ nas plantas de feijão de caupi.