Competição intrínseca entre dois parasitoides de Liriomyza sativae (Diptera: Agromyzidae)
Palavras-chave:
Coexistência, interação interespecífica, parasitismo, associação, mosca-minadoraResumo
O meloeiro (Cucumis melo L.) é uma cultura de importância econômica e social no Brasil, especialmente na região nordeste, onde o estado do Rio Grande do Norte se destaca como principal produtor e exportador. A presença de Liriomyza sativae Blanchard (Diptera: Agromyzidae) é um desafio para os produtores, visto que danifica as folhas do meloeiro e reduz a qualidade dos frutos. Uma alternativa promissora dentro do manejo integrado dessa praga, é o controle biológico, diante da diversidade de inimigos naturais no agrossistema, com destaque para os parasitoides Phaedrotoma scabriventris Nixon (Hymenoptera: Braconidae) e Chrysocharis caribea Boucek (Hymenoptera: Eulophidae). Geralmente, quando dois parasitoides exploram um hospedeiro comum simultaneamente, ocorrem interações entre eles, influenciando o biocontrole de uma praga. Neste estudo, foi investigado se a associação entre os parasitoides P. scabriventris e C. caribea aumenta o parasitismo sobre L. sativae em condições de laboratório. Os parasitoides foram avaliados em diferentes formas de exposição: isolado, sequencial e simultâneo, com relação ao parasitismo de larvas de segundo instar de L. sativae. Para a avaliação do parasitismo, foram feitas dissecações das pupas de L. sativae para observar a presença dos estágios imaturos dos parasitoides no interior do hospedeiro. Quando usado de forma isolada, o parasitismo de P. scabriventris foi maior do que de C. caribea. As formas de exposição dos parasitoides diferiram entre si quanto ao parasitismo total, sendo a exposição simultânea superior quando comparada às demais (64,58%). Esses resultados demonstraram que houve efeito aditivo no parasitismo quando P. scabriventris e C. caribea foram utilizadas de forma simultânea no controle de L. sativae.