Efeito de bactérias isoladas do solo sobre espécies de Fusarium oriundas do melão
Palavras-chave:
]Resumo
O meloeiro (Cucumis melo L.) é uma cultura de grande importância para o Rio Grande do Norte, sendo responsável pela geração de renda e emprego de vários produtores na região. O cultivo na região é acometido por doenças causadas por patógenos habitantes do solo, como fungos pertencentes ao gênero Fusarium. Diversos agentes de biocontrole estão sendo utilizados no manejo de diferentes doenças, entre eles, bactérias dos gêneros Pseudomonas e Bacillus, que atuam como biocontroladoras. O trabalho buscou avaliar o efeito de cepas de Pseudomonas e Bacillus sobre espécies de Fusarium isoladas de meloeiro. Utilizou-se 5 tratamentos, sendo 3 isolados de Pseudomonas, 1 isolado de Bacillus, e o Controle (sem adição de bactérias). Para o teste de antagonismo, foram utilizadas placas de Petri com BDA, sem adição de antibióticos. Foram retirados discos de 5 mm do fungo, e adicionados no centro da placa. Em seguida, adicionou 5 μL da suspensão bacteriana em quatro pontos equidistantes, a 3 cm de distância do disco. Foram utilizados dois isolados de Fusarium (F. sulawesiense (F03A) e F. falciforme (17C). As placas foram mantidas em estufa tipo Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), a 28 ± 2 °C, até o crescimento total do fungo no tratamento controle. Com o uso de um paquímetro digital, foi realizada a medição do crescimento micelial dos fungos em diferentes tratamentos. Posteriormente, foi calculado a porcentagem de inibição do crescimento (PIC) do fungo. Os dados foram submetidos à análise de variância, e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. A análise de variância mostrou diferença significativa entre os tratamentos. O crescimento micelial dos isolados F. sulawesiense e F. falciforme foi significativamente inibido em comparação ao tratamento controle. O ISO 6 promoveu maior porcentagem de inibição do crescimento micelial de F. sulawesiense, alcançando 59,68% de inibição do crescimento. Já o isolado 15 demonstrou maior porcentagem de inibição do crescimento micelial de F. falciforme, com 50,9% de inibição.