Reação de acessos de Luffa spp. frente a Macrophomina pseudophaseolina

Autores

  • Marcio Thalison Queiroz Souza UFERSA
  • Dariane Monteiro Viana
  • Allinny Luzia Alves Cavalcante
  • Andreia Mitsa Paiva Negreiros
  • Rui Sales Junior

Palavras-chave:

inoculação, bucha vegetal, severidade, incidencia

Resumo

A cultura da bucha (Luffa spp.) é acometida por diversas doenças, gerando prejuízos na produção e qualidade do produto final. Dentre os patógenos que podem acometer essa cultura podemos citar o fungo Macrophomina spp., patógeno radicular de característica termófila. Este trabalho teve por objetivo avaliar a reação de Luffa spp. quando associada a Macrophomina pseudophaseolina (RO-II). Foram utilizados 12 acessos de Luffa spp. da coleção de germoplasma de cucurbitáceas da UFERSA, e duas testemunhas positivas, meloeiro (Cucumis melo) e melancieira (Citrullus lanatus). As plantas foram transplantadas aos 10 dias após a semeadura e transferidas para um vaso de capacidade de 1,5 L, sendo colocada 1 planta por vaso. Posteriormente foi realizada a inoculação mediante a adoção do método do palito de dente (Ambrósio et al., Euphytica 206:287–300, 2015), com um isolado de M. pseudophaseolina. Em seguida as plantas foram mantidas em condições de casa de vegetação, em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições/tratamento. O ensaio foi repetido. A avaliação do ensaio foi conduzida aos 60 dias após o transplantio das mudas. Para isso, as plantas foram delicadamente removidas dos vasos e os sistemas radiculares foram cuidadosamente lavados com água corrente. Foram avaliadas as variáveis incidência (INC) e severidade da doença (SEV), mediante a utilização de uma escala diagramática de notas (Ravf et al., 13th Iranian Plant Protection Congress-Karaj, 113, 1998), com valores de 0 a 5, onde: 0 = sem sintomas e 5 = mais de 50% dos tecidos infectados. A classe de reação foi mensurada usando a escala descritiva (Salari et al., African Journal Biotecnology, 11(87):15324-329), com  valores que variaram de 0 = imune (I) à 4,1- 5,0 = altamente suscetível (AS)., As variáveis biométricas medidas foram: comprimento da parte aérea (CA) e da raiz (CR), peso fresco e seco da parte aérea (PFA e PSA) e da raiz (PFR e PSR). Os resultados de incidência e severidade foram analisados pelo teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis ao nível de 5% de probabilidade. Os dados de comprimento, peso fresco e seco da parte aérea e da raiz foram submetidos à ANOVA e as médias comparadas por teste de Scott- Knott a 5% de probabilidade. O acesso TB39 mostrou-se imune ao patógeno, além de ter apresentado os maiores valores de CA (163,9 cm), CR (43,4 cm), PFA (24,9 g), PFR (9,8 g), PSA (3,4 g) e PSR (0,5 g). Os resultados indicam que o acesso TB39 (imune) é o mais promissor para ser utilizados em programas de melhoramento genético. Outros trabalhos devem ser realizados com um maior número de isolados, frente ao acesso TB39, para comprovar o seu comportamento de imunidade ao patógeno.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

07-01-2025

Edição

Seção

Núcleo 1: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas e Ciências da Saúde: