Patogenicidade de Macrophomina euphorbiicola em híbridos de meloeiro

Autores

  • Gilmara Vitoria Soares Moreira UFERSA
  • Andreia Mitsa Paiva Negreiros
  • Moises Bento Tavares
  • Marcio Thalison Queiroz Souza
  • Rui Sales Junior

Palavras-chave:

Cucumis melo, Incidência da doença, Severidade da doença, híbridos

Resumo

O melão (Cucumis melo L.) é uma das principais olerícolas-frutícolas cultivadas no Estado do Rio Grande do Norte, maior produtor brasileiro. Dentre as doenças que acometem essa cultura, a podridão radicular e declínio de ramas é uma das principais. Macrophomina euphorbiicola (Me) é um patógeno radicular bastante polífago e que apresenta grande longevidade no solo através de suas estruturas de resistência, os microesclerócios. Esse trabalho objetiva estudar a patogenicidade de Me em híbridos comerciais de meloeiro. Foram utilizados dois isolados de Me (CMM2158 e A9P23), inoculados em quatro híbridos de Meloeiro: ‘Natal’, ‘Beloro’, ‘Berlim’ e ‘Acclaim’, acrescido de uma testemunha absoluta. O ensaio foi montado seguindo o delineamento inteiramente casualizado, com quatro (4) repetições por tratamento, sendo a unidade experimental considerada de uma planta por vaso. A inoculação dos isolados de Me foi realizada mediante o método do palito de dente infestado (Ambrósio et al., Euphytica 206:287–300, 2015), sendo estes introduzidos no hipocótilo das plântulas aos oito dias da semeadura. As avaliações foram realizadas aos 30 dias da inoculação, sendo avaliadas: incidência (%) e severidade da doença, avaliada mediante uma escala diagramática de notas (Ravf et al., 13th Iranian Plant Protection Congress-Karaj, 113, 1998), com valores de 0 a 5, onde: 0 = sem sintomas e 5 = mais de 50% dos tecidos infectados. As variáveis biométricas da cultura: comprimento da raiz - CR, peso fresco e seco da parte aérea (PFPA – PSPA) e raízes (PFR – PSR) foram avaliadas, sendo aquelas mensuradas com uma régua graduada (cm), e estas com uma balança digital (g). Os dados dos ensaios foram combinados, após uma análise de variância preliminar. Os resultados de incidência e severidade da doença foram analisados através do teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis. Nas variáveis biométricas foi utilizado o teste Tukey. Neste estudo, os testes estatísticos foram verificados ao nível de 5% de probabilidade. Em relação a incidência e a severidade da doença, nos híbridos ‘Natal’ e ‘Beloro’, (médias 100% e 1,75, respectivamente), o isolado CMM2158 apresentou diferença estatística da testemunha (média 0,00 para ambas). Com relação ao híbrido ‘Berlim’(62,5% e 0,62, respectivamente), o tratamento A9P23  apresentou diferença estatística da testemunha (0,0). Já para o híbrido ‘Acclaim’, os dois isolados de Me (100% 1,0, respectivamente) apresentaram diferença estatística da testemunha (0 para ambas as características). A maioria dos isolados estudados foram patogênicos aos híbridos de meloeiro, com exceção do CMM2158 para o híbrido ‘Berlim’. Novos estudos são necessários para avançar no manejo e estudo desse patossistema em meloeiro

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Publicado

07-01-2025

Edição

Seção

Núcleo 1: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas e Ciências da Saúde: