O que os juristas querem da história
DOI:
https://doi.org/10.21708/issn2526-9488.v9.n17.p1-11.2025Resumo
O artigo investiga como advogados e juízes utilizam a história em suas práticas profissionais. Longe de buscar uma reconstrução objetiva do passado, os juristas mobilizam narrativas históricas para fundamentar ou contestar pretensões de autoridade jurídica. A história, nesse contexto, é canalizada por modalidades padronizadas de argumentação – como texto, propósito, tradição e ethos nacional – que moldam o que se considera juridicamente relevante. Além disso, o texto analisa o papel dos juristas como empreendedores da memória, demonstrando como as disputas jurídicas são também lutas pela memória constitucional. O texto diferencia práticas retóricas dos advogados de teorias normativas como o originalismo, ressaltando as tensões entre o uso estratégico da história e o ideal de fidelidade constitucional. Conclui-se com uma defesa do papel dos historiadores: mesmo quando ignoradas pelas decisões judiciais, suas contribuições ajudam a formar um repertório histórico acessível para futuras reinterpretações do Direito.
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