ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE EXTRATOS DE Heteranthera reniformis SOBRE Bipolaris oryzae
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252021v34n210rcPalavras-chave:
Aguapé-mirim. Extratos. Mancha parda do arroz.Resumo
As plantas sintetizam metabólitos especializados para defenderem-se contra patógenos. Estes compostos ativos, quando isolados e identificados, podem ser utilizados como modelos para o desenvolvimento de fungicidas. Baseado em observações a campo, as plantas de Heteranthera reniformis (aguapé-mirim) são promissoras na síntese de compostos com atividade antifúngica. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antifúngica de extratos de H. reniformis sobre o desenvolvimento de Bipolaris oryzae. A atividade dos extratos hexano, acetato de etila e metanol de folhas de H. reniformis foi avaliada no crescimento micelial e esporulação de B. oryzae. Devido a maior inibição da esporulação de B. oryzae, o extrato metanólico foi escolhido para o experimento de concentrações. O efeito do extrato metanólico sobre a morfologia das colônias, comprimento e germinação dos esporos de B. oryzae também foi avaliado. Os resultados demonstraram que o extrato metanólico foi o mais ativo na inibição da esporulação de B. oryzae. A morfologia das colônias é alterada quando o fungo cresce em meio contendo extratos foliares de H. reniformis. As maiores concentrações do extrato metanol estimulam o crescimento micelial e suprimem a esporulação de B. oryzae. Há reduções no comprimento e germinação de esporos de B. oryzae pelo extrato metanólico de folhas de H. reniformis. O extrato metanólico tem compostos com atividade antifúngica e deve ser submetido ao isolamento guiado por bioensaio para a purificação e identificação destes compostos.
Downloads
Referências
BEDENDO, I. P.; PRABHU, A. S. Doenças do Arroz. In: AMORIN, L. et al. (Eds.) Manual de Fitopatologia: Doenças das plantas cultivadas. 5 ed. São Paulo, SP: Agronômica Ceres. 2016. v. 2, cap. 10, p. 87-99.
BHUTIA, D. D.; RAMEN, Y. Z.; SAHA, K. J. Antifungal activity of plant extracts against Colletotrichum musae, the post-harvest anthracnose pathogen of banana cv. Martaman. Nutrition & Food Science, 46: 2-15, 2016.
CAMARGO, L. E. A. Mecanismos de variabilidade genética de agentes fitopatogênicos. In: FILHO, A. B.; KIMATI, H.; AMORIN, L. (Eds.) Manual de Fitopatologia: doenças das plantas cultivadas. 3 ed. São Paulo, SP: Agronômica Ceres, 1995. v. 2. p. 455-469.
CANTRELL, C. L.; DAYAN, F. E.; DUKE, S. O. Natural products as sources for new pesticides. Journal of Natural Product, 75: 1231-1242, 2012.
CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra brasileira de grãos 2019/2020 - Sétimo levantamento. Disponível em: https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos/boletim-da-safra-de-graos/. Acesso em: 11 mai. 2020.
DAS, S. K. Screening of bioactive compounds for development of new pesticides: A mini review. Universal Journal of Agricultural Research, 4:15-20, 2016.
DORNELES, K. R. et al. Control of Bipolaris oryzae (Breda de Haan) using Curcuma longa (Linnaeus) extract and effect of this extract on rice seed physiology, Revista Caatinga, 31: 1-7, 2018.
ELSHERBINY, E. A.; EL-KHATEEB, A. Y.; AZZAZ, N. A. Chemical composition and fungicidal effects of Ocimum basilicum essential oil on Bipolaris and Cochliobolus species. Journal of Agricultural Science and Technology, 18: 1143-1152, 2016.
FARIA, A. D.; AMARAL, M. C. Pontederiaceae. In: WANDERLEY, M.G.L. et al. (Eds.) Flora fanerogâmica do Estado de São Paulo. São Paulo, SP: Instituto de Botânica, 2005. v. 4, p. 325-330.
GURJAR, M. S. et al. Efficacy of plant extracts in plant disease management. Agricultural Science, 3: 425-433, 2012.
IMATOMI, M. et al. Phytotoxic effect of bioactive compounds isolated from Myrcia tomentosa (Myrtaceae) leaves. Biochemical Systematics and Ecology, 46: 29-35, 2013.
KHAN, Z. S.; NASREEN, S. Phytochemical analysis, antifungal activity and mode of action of methanol extracts from plants against pathogens. Journal of Agricultural Technology, 6: 793-805, 2010.
KUCK, K. H.; LEADBEATER, A.; GISI, U. FRAC mode of action classification and resistance risk of fungicides. In: KRAMER, W.; SCHRIMER, U.; JESCHKE, P.; WITSCHEL, M. (Eds.) Modern crop protection compounds, 2. ed. Germany: Wiley-Vch Weinheim, 2012. v. 2, cap. 14, p.539-557.
KUMAR, A. et al. Morpho-molecular diversity of Bipolaris oryzae causing brown spot of paddy. Indian Journal of Agricultural Sciences, 86: 615-620, 2016.
MAYER, A. M.; STAPLES, R. C.; GIL-AD, N. L. Mechanisms of survival of necrotrophic fungal plant pathogens in hosts expressing the hypersensitive response. Phytochemistry, 58: 33-41, 2001.
MINZ, S.; SAMUEL, C. O.; TRIPATHI, S .C. The effect of plant extracts on the growth of wilt causing fungi Fusarium oxysporum. Journal of Pharmacy and Biological Sciences, 4: 13-16, 2012.
MUNSELL SOIL COLOR COMPANY. Munsell soil color charts. Munsell color, Macbeth Division of Kollmorgen Corporation, Baltimore, Maryland, USA. 1975.
NCUBE, N.; AFOLAYAN, S. A. J.; OKOH, A. I. Assessment techniques of antimicrobial properties of natural compounds of plant origin: Current methods and future trends. African Journal of Biotechnology, 7: 1797-1806, 2008.
MARTÍNEZ-ROMERO, D. et al. The use of a natural fungicide as an alternative to preharvest synthetic fungicide treatments to control lettuce deterioration during postharvest storage. Postharvest Biology and Technology, 47: 54–60, 2008.
MOREIRA-NUNEZ, V. Influência da compatibilidade sexual e vegetativa na variabilidade morfofisiológica e agressividade de populações de Bipolaris oryzae. 2017. 106 f. Dissertação (Mestrado em Fitossanidade: Área de Concentração em Fitopatologia) - Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2017.
PELCZAR JR, M. J. Manual of microbiological methods. New York, NY: McGraw-Hill Book Co., 1957. 315 p.
PHILLIPS, D. J.; MARGOSAN, D. A.; MACKEY, B. E. Size, nuclear number, and aggressiveness of Botrytis cinerea spores produced on media of varied glucose concentrations. Phytopathology, 77: 1606-1608, 1987.
PONTIN, M. et al. Allium sativum produces terpenes with fungistatic properties in response to infection with Sclerotium cepivorum. Phytochemistry, 115: 152-160, 2015.
ROSSMAN, A. Y.; MANAMGODA, D. S.; HYDE, K. D. Proposal to conserve the name Bipolaris against Cochliobolus (Ascomycota: Pleosporales: Pleosporaceae). Taxon, 62: 1331-1332, 2013.
SILVA, W. R. et al. Fungitoxicidade de extratos vegetais e óleo essencial de alecrim no crescimento micelial e esporulação de Bipolaris oryzae. Magistra cruz das Almas-Ba, 29: 257-265, 2018
SPARKS, T. C.; HAHN, D. R.; GARIZI, N. V. Natural products, their derivatives, mimics and synthetic equivalents: role in agrochemical discovery. Pest Management Science, 73: 700-715, 2017.
TATA, S. et al. Comparative studies on the effect of aqueous and methanolic extracts of some botanicals on growth and sporulation of Colletotrichum graminicola. International Journal of Innovative Research and Advanced Studies, 5: 1-7, 2018.
UDOMSILP, J. et al. Antifungal properties of essential oils from thai medical plants against rice pathogenic fungi. Asian Journal of Food and Agroindustry, s/v, 24-30, 2009.
VALARMATHI, P.; LADHALAKSHMI, D. Morphological characterization of Bipolaris oryzae causing brown spot disease of rice. International Journal of Current Microbiology Applied Science, 7: 161-170, 2018.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
