Severidade da antracnose em progênies F2 de feijão-fava obtidas por hibridização sem emasculação
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252025v3812707rcPalavras-chave:
Avaliação fitopatológica. Colletotrichum truncatum. Hibridações artificiais. Phaseolus lunatus. Seleção de progênies.Resumo
O objetivo deste trabalho foi obter progênies de feijão-fava com resistência à antracnose a partir de hibridações artificiais. O estudo foi conduzido no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina – Piauí. Para o experimento de avaliação fitopatológica da F2 foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado, quatro repetições por progênie, sendo a parcela constituída por uma planta. Para inoculação, foi utilizado o isolado CT4 de Colletotrichum truncatum 106 esporos/mL e uma planta testemunha, inoculada com água destilada autoclavada. Da região intermediária da planta dez folhas trifoliadas de cada genótipo foram escaneadas utilizando-se o programa ASSES 2.0. Após avaliar a severidade, as médias para cada população foram calculadas, classificando-as em cinco categorias de acordo com a resistência. Para realização da análise de variância, os dados da severidade foram transformados por e agrupados pelo teste proposto por Scott e Knott (P < 0,05). Todas as análises foram realizadas por meio dos programas R e GENES. Aos sete dias da inoculação, as progênies foram agrupadas em três grupos. Os grupos “A” e “B” corresponderam aos genótipos classificados como altamente suscetíveis, e o grupo “C” aos genótipos classificados como moderadamente resistentes e altamente resistentes. Os genótipos BGP-UFPI 220, BGP-UFPI 251, BGP-UFPI 798, BGP-UFPI 832, BGP-UFPI 1000 e BGP-UFPI 1002 podem ser indicados como genitores para o programa de melhoramento do feijão-fava. Foram selecionadas 16 progênies moderadamente resistentes e altamente resistentes, que podem ser usadas em programas de melhoramento visando resistência à antracnose.
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