Comparação intra-observador entre radiografia convencional e oblíqua da pelve de gatos e cães politraumatizados

Autores

  • João Marcelo Azevedo de Paula Antunes Department of Animal Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0003-3922-1428
  • Kalyne Danielly Silva de Oliveira Department of Animal Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0003-1221-8499
  • Cecília Calabuig Department of Biological Science and Health, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0002-1243-1700
  • Zacarias Jacinto de Souza Júnior Department of Animal Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0003-2149-6992
  • José Artur Brilhante Bezerra Department of Animal Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0001-6724-6716
  • Moisés Dantas Tertulino Department of Animal Science, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró, RN, Brazil https://orcid.org/0000-0002-3878-4264

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252025v3812705rc

Palavras-chave:

Cavidade pélvica. Pequenos animais. Púbis. Ortopedia.

Resumo

Muitas lesões ósseas não são detectadas pela radiografia simples em pequenos animais com politraumatismo na pelve devido às muitas sobreposições ósseas. Assim, este estudo teve como objetivo comparar a concordância intraobservador entre a técnica convencional de duas projeções (laterolateral e ventrodorsal; LL e VD) e a projeção rolante de 45° (oblíqua ventromedial direita/esquerda para perna flexionada dorsolateral; OBL) na avaliação de fraturas e luxações em animais politraumatizados. As imagens foram avaliadas intraobservador por dois radiologistas (grupo controle) e comparadas com a avaliação de dois ortopedistas, residentes e estudantes. Ao comparar as fraturas entre as projeções, foi observada diferença estatística entre as três projeções, LL, VD e OBL (N=288, df= 2, wald= 24,7 p= 0,0000). A projeção VD (n=188) foi a mais eficiente, seguida da OBL (n=174) e da LL (n=105). Para a avaliação das luxações sacroilíacas, verificou-se que as projeções VD (n=33) e OBL (n=33) foram iguais e mais sensíveis que a LL (n=0) (N= 288, df=2, Wald= 1964,2, P˂0,01-10). Na comparação intraobservador, não foi possível observar diferença significativa na avaliação das fraturas, embora o grupo de radiologistas tenha observado maior número de lesões. Em geral, as anormalidades (fraturas e luxações) foram vistas com maior precisão na visão VD (n=237), seguida pela OBL (n=225) e LL (n=120) (N= 288, df=2, Wald = 40,2, P˂0,01-10). O estudo sugere que a avaliação por um radiologista deve ser preferida e que a projeção OBL também deve ser incluída na rotina felina, pois reduz a sobreposição óssea.

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Publicado

06-02-2025

Edição

Seção

Artigo Científico