Reação de acessos de feijão-caupi à podridão cinzenta do caule
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252025v3812519rcPalavras-chave:
Vigna unguiculata (L.) Walp. Macrophomina phaseolina. Resistência genética. Doença radicular.Resumo
Objetivou-se com este trabalho avaliar a reação de resistência de acessos de feijão-caupi, coletados em municípios do Rio Grande do Norte, ao fungo Macrophomina phaseolina (Tassi) Goid. Foram realizados dois ensaios em casa de vegetação, avaliando-se 25 acessos no primeiro ensaio e 28 no segundo, totalizando 53 acessos de feijão-caupi. Ambos os ensaios foram realizados em delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições, sendo cada repetição constituída por um vaso, com uma planta. O fungo foi proveniente de plantas de feijão-caupi que exibiam sintomas de podridão cinzenta do caule. Este foi cultivado e purificado em meio BDA (batata-dextrose-ágar) + tetraciclina (0,05mg/mL), e posteriormente utilizado nas inoculações utilizando o método do palito. A inoculação foi realizada quando as plantas estavam com duas folhas definitivas. A avaliação da reação dos acessos foi realizada 30 dias após a inoculação por meio de escala de notas de severidade, posteriormente foram determinadas as classes de reação à doença. Os dados transformados foram submetidos à análise de variância e as médias dos acessos foram agrupadas pelo método de Scott-Knott (p<0,05). Os acessos 6, 14, 17, 30, 42, 43, 46, 48 e 50 foram altamente resistentes à M. phaseolina e podem ser incluídos em programas de melhoramento visando resistência ao patógeno. Verificou-se predominância de genes de resistência à M. phaseolina na mesorregião Agreste do Rio Grande do Norte.
Downloads
Referências
ABAWI, G. S.; PASTOR-CORRALES, M. A. Root rots of beans in Latin America and Africa: diagnoses, research methodologies and management strategies. Cali: Centro Internacional de Agricultura Tropical, 1990. 114 p. (CIAT publicações, 35).
ARAÚJO, K. M. G. et al. Identification of sources of resistance against charcoal rot in cowpea. Revista Caatinga, 35: 548-556, 2022.
BASANDRAI, A. K. et al. Macrophomina phaseolina–host interface: Insights into an emerging dry root rot pathogen of mungbean and urdbean, and its mitigation strategies. Plant Pathology, 70: 1263-1275, 2021.
CAFÉ-FILHO, A. C.; LOPES, C. A.; ROSSATO, M. Management of plant disease epidemics with irrigation practices. In: ONDRASEK, G. (Ed.). Irrigation in agroecosystems. London, UK: IntechOpen, 2019. cap. 8, p. 123-142.
CHATTANNAVAR, S. N.; VINAYAKA, A. B. Field evaluation of sorghum genotypes against charcoal rot caused by Macrophomina phaseolina (Tassi) Goid. Journal of Pharmacognosy and Phytochemistry, 9: 1654-1655, 2020.
FAO – Food Agriculture Organization of the United Nations. Countries by commodity. 2023. Available at: <http://www.fao.org/faostat/en/#data/QC/visualize>. Access on: Dez. 4, 2023.
GARCÍA, M. E. M. et al. Reaction of lima bean genotypes to Macrophomina phaseolina. Summa Phytopathologica, 45: 11-17, 2019.
ISHIKAWA, M. S. et al. Seleção de cultivares de soja para resistência à podridão negra da raiz (Macrophomina phaseolina). Summa Phytopathologica, 44: 38-44, 2018.
KOTUE, T. C. et al. Nutritional properties and nutrients chemical analysis of common beans seed. MOJ Biology and Medicine, 3: 41-47, 2018.
LIMA, L. R. L. et al. Diallel crosses for resistance to Macrophomina phaseolina and Thanatephorus cucumeris on cowpea. Genetics and Molecular Research, 16: 1-11, 2017.
LINHARES, C. M. S. et al. Effect of temperature on disease severity of charcoal rot of melons caused by Macrophomina phaseolina: implications for selection of resistance sources. European Journal of Plant Pathology, 158: 431-441, 2020.
LODHA, S.; MAWAR, R. Population dynamics of Macrophomina phaseolina in relation to disease management: a review. Journal of Phytopathology, 168: 1-17, 2019.
MARQUEZ, N. et al. Macrophomina phaseolina: general characteristics of pathogenicity and methods of control. Frontiers in Plant Science, 12: 1-16, 2021.
MEDEIROS, A. C. et al. Métodos de inoculação de Rhizoctonia solani e Macrophomina phaseolina em meloeiro (Cucumis melo). Summa Phytopathologica, 41: 281-286, 2015.
MULLINS, A. P.; ARJMANDI, B. H. Health benefits of plant-based nutrition: focus on beans in cardiometabolic diseases. Nutrients, 13: 1-16, 2021.
PANDEY, A. K. et al. Identification of new sources of resistance to dry root rot caused by Macrophomina phaseolina isolates from India and Myanmar in a mungbean mini-core collection. Crop Protection, 143: 1-12, 2021.
PIMENTEL-GOMES, F. Curso de estatística experimental. 12. ed. São Paulo, SP: Nobel, 1985. 467 p.
R CORE TEAM. R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna. Avaliable at: <https://www.R-project.org>. Access on: Jun. 10, 2023.
REZNIKOV, S. et al. Soybean-Macrophomina phaseolina-specific interactions and identification of a novel source of resistance. Phytopathology, 1: 63-73, 2019.
RESENDE, M. D. V.; DUARTE, J. B. Precisão e controle de qualidade em experimentos de avaliação de cultivares. Pesquisa Agropecuária Tropical, 37: 182-194, 2007.
SILVA FILHO, A. J. R. et al. Reação de acessos de feijão-caupi a Macrophomina phaseolina por meio da inoculação no colo da planta. In: CONGRESSO NACIONAL DE FEIJÃO-CAUPI, 3., 2013, Recife. Anais... Recife: Embrapa Meio Norte, 2013.
SOUZA, E. M. S. et al. Inoculation methods and agressiveness of Macrophomina phaseolina isolates in cowpea. Ciência Rural, 52: e20210072, 2022.
SANTOS, G. G. et al. Genetic diversity among bean landraces and cultivars for agronomy traits and selection of superior parents. Revista Ciência Agronômica, 53: e20217873, 2022.
VALE, J. C.; BERTINI, C.; BORÉM, A. Feijão-caupi: do plantio à colheita. 1. ed. Viçosa, MG: UFV, 2017. 267 p.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os Autores que publicam na Revista Caatinga concordam com os seguintes termos:
a) Os Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY, para todo o conteúdo do periódico, exceto onde estiver identificado, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, sem fins comerciais.
b) Os Autores têm autorização para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).