Rendimento da cultura do jambu adubado com biofertilizante e efluente de piscicultura

Autores

  • Raimundo Nonato Pereira da Silva Socio-Environmental and Water Resources Institute, Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, PA, Brazil https://orcid.org/0009-0006-1851-7237
  • Cícero Paulo Ferreira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, Castanhal, PA, Brazil https://orcid.org/0000-0002-8696-4294
  • Sérgio Antonio Lopes Gusmão Institute of Agricultural Sciences, Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, PA, Brazil https://orcid.org/0000-0002-9483-3817
  • Carmen Grasiela Dias Martins Climate Change Directorate, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Belém, PA, Brazil https://orcid.org/0000-0001-7854-1956
  • Deborah Luciany Pires Costa Instituto Internacional de Educação do Brasil, Belém, PA, Brazil https://orcid.org/0000-0002-3513-0759

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252025v3812437rc

Palavras-chave:

Acmella oleracea. Olerícola. Produtividade.

Resumo

O cultivo do jambu (Acmella oleracea) é amplamente difundido na Amazônia, principalmente pelo uso na culinária, na indústria farmacêutica e cosmética. O cultivo é feito, predominantemente, pela agricultura familiar, com uso de esterco animal na adubação. Biofertilizantes e efluentes de piscicultura estão cada vez mais disponíveis nas propriedades rurais, podendo se tornar poluidores do ambiente, no entanto podem ser excelente alternativa na adubação de cultivos. O objetivo do estudo foi avaliar o uso de efluente de piscicultura e de biofertilizante no rendimento de jambu (A. oleracea). O experimento foi conduzido no município de Castanhal, Pará, no delineamento experimental inteiramente casualizado, com seis tratamentos, sendo: T1 – água de poço sem adubação (controle); T2 – efluente de piscicultura; T3 - 25% de biofertilizante diluído em água; T4 - 50% de biofertilizante diluído em água; T5 - 75% de biofertilizante diluído em água e T6 - 100% de biofertilizante, com quatro repetições. Foram avaliados os parâmetros de massa fresca e seca de folhas, caules, inflorescências e de raízes, proporções entre órgãos da planta e produtividade. Os principais resultados alcançados mostraram que o tratamento 75% de concentração do biofertilizante obteve os maiores valores para massa fresca de folhas (195,06g) e de caule (383,33g). Os valores obtidos indicam que, considerando as características do biofertilizante e do solo utilizados, é vantajoso utilizar concentrações acima de 50%. O uso de biofertilizante sem diluição interfere negativamente na produção de jambu.

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Publicado

25-06-2025

Edição

Seção

Artigo Científico