Morfologia do meloeiro cultivado com efluente de piscicultura e esterco bovino
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252024v3712231rcPalavras-chave:
Cucumis melo L. Estresse salino. Matéria orgânica. Reúso.Resumo
A escassez hídrica é um grande desafio enfrentado nas regiões semiáridas, especialmente, no que diz respeito à agricultura. Assim, alternativas para o uso de águas disponíveis que têm qualidade inferior, bem como a adição de matéria orgânica no solo, são estratégias fundamentais para enfrentar esse desafio. Diante disso, objetivou-se investigar o uso de efluente da piscicultura e esterco bovino na produção de mudas de meloeiro da variedade Cantaloupe, cultivar Hales Best Jumbo. Realizou-se o experimento em casa de vegetação, com delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 x 5, cujos tratamentos foram compostos de cinco proporções de esterco bovino - E (0%; 5%; 10%; 15% e 20%) e cinco diluições do efluente de piscicultura (EP) em água de abastecimento público (AA): D1 - 0% EP; D2 - 15% EP e 85% AA; D3 - 30% EP e 70% AA; D4 - 45% EP e 55% AA; D5 - 60% EP e 40% AA, com 6 repetições, totalizando 150 unidades experimentais. Os resultados indicam que a utilização do substrato contendo 20% de esterco bovino, irrigado com a diluição D3 (30% de efluente de piscicultura e 70% de água de abastecimento) proporcionou benefícios no desempenho das variáveis de crescimento e fitomassa do meloeiro. O reúso de efluente da piscicultura, apresentando condutividade elétrica até 1,75 dS m-1, é uma alternativa de reaproveitamento e favorece o crescimento e a produção de fitomassa de meloeiro Cantaloupe da cultivar Hales Best Jumbo.
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