Saberes que curam: a benzedura como tradição popular
Resumo
Este artigo trata de um estudo a ser realizado sobre a benzedura, o seu ritual e os elementos simbólicos que constituem esta prática tradicional no presente, a partir da sua intermediação com o sagrado, tendo em vista as relações sociais envolvidas no exercício dessa prática e sua atuação frente a instituições religiosas. É visível o surgimento acelerado de novas religiões no país, trazendo significativas influências em vários aspectos da vida humana, tanto na condição pessoal no que se refere aos valores e padrões de comportamentos, quanto nas definições sociopolíticas, apontando questionamentos bastante relevantes no que diz respeito às mudanças culturais na atualidade. Particularmente em relação à benzedura - manifestação viva da cultura popular - há uma inquietação no sentido de se descobrir se esse novo contexto religioso tem absorvido sua prática ou, ainda, como a sua tradição tem se mantido no contemporâneo neste novo cenário de disputa entre o catolicismo e as religiões evangélicas. A partir desse aspecto, pretende-se compreender de que forma a prática da benzedura tem incorporado os novos contextos religiosos. Para tanto, será utilizado o método etnográfico e observação participante. Como se trata da observação de uma prática tradicional, percebemos a necessidade de inserção do pesquisador no grupo, partilhando do cotidiano dos rituais e dos espaços de socialização das benzedeiras quando investidas de sua função. Ao analisar a ação das benzedeiras no contexto da diversidade religiosa brasileira, temos em vista que a observação de seus rituais, a análise de seus depoimentos, de sua cultura oral e das narrativas de vida, visa identificar de que modo estas se articulam e se adaptam. Ou seja, como sua tradição absorve – ou é absorvida – pelos códigos e símbolos das denominações evangélicas e do catolicismo renovado.
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