Educaçao inclusiva de alunos surdos: a tecnologia assistiva e a prática pedagógica em questão

Autores

  • Rayuska Dayelly de Andrade
  • Sueldes de Araújo

Palavras-chave:

Tecnologia Assistiva, Auno(a) Surdo(a), Práticas Pedagógicas.

Resumo

Este trabalho tece uma discussão sobre a tecnologia assistiva e as práticas pedagógicas para atendimento do aluno surdo em uma escola pública de ensino fundamental no semiárido potiguar. Parte do pressuposto de que a tecnologia, de forma geral, deveria ser pensada para atender o bem-estar das pessoas, especialmente, nas escolas, espaços de formação dos sujeitos para vida social e política, mas nem sempre isso acontece, porque apesar dos grandes investimentos públicos em equipamentos e insumos tecnológicos para atendimento do alunado nas escolas públicas, prevalece uma ausência de formação e qualificação para o uso dos aparatos tecnológicos produzidos pela humanidade. A metodologia utilizada para elaboração deste trabalho partiu de uma pesquisa qualitativa com base em estudo de caso. Utiliza-se como instrumento metodológico a entrevista semiestruturada junto aos professores. O estudo se organiza para discutir, inicialmente, a relação entre tecnologia assistiva e educação. Em seguida, reflete sobre as técnicas de audição no ensino-aprendizagem de alunos surdos. Ao final, analisa as práticas pedagógicas com auxílio de tecnologia para o aluno(a) surdo(a). Os resultados apontam a ausência de funcionamento da sala de recursos multifuncionais, por não haver um profissional capacitado para fazer uso profissional da sala. Ficou constatado que os professores não fazem uso da tecnologia assistiva, em suas práticas pedagógicas, porque se sentem despreparados para manusear as ferramentas tecnológicas e também por não terem uma formação continuada na área de educação inclusiva. Constata-se, ao final, que a escola, objeto dessa pesquisa, não está qualificada para atender a pessoa com deficiência, especialmente, a pessoa surda: primeiro por não haver um compromisso, respeito e valorização dos direitos da pessoa com deficiência; segundo, porque os profissionais, que atuam na escola, estão carentes de uma maior qualificação para lidar com a diversidade e, portanto, as práticas pedagógicas aplicadas a pessoa surda não correspondem às suas necessidades.

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Publicado

2016-06-20

Edição

Seção

ARTIGOS COMPLETOS