FONTES E CONCENTRAÇÕES DE FUNGICIDAS CÚPRICOS NO CONTROLE DA MANCHA PRETA DOS CITROS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1983-21252020v33n101rc

Palavras-chave:

Citrus sinensis. Phyllosticta citricarpa. Cobre metálico.

Resumo

A mancha preta dos citros é uma doença severa para a citricultura do Estado de São Paulo. Parte do seu manejo é focado no controle químico usando fungicidas cúpricos e estrobilurinas. Este trabalho teve o objetivo de avaliar a eficácia de três fontes e três concentrações de fungicidas cúpricos (hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre e óxido cuproso). Frutos de laranjeira ‘Pera’ foram ensacados nas plantas seguido de tratamento com fungicida cúprico. Posteriormente, após zero; sete; 14; 21 e 28 dias tais frutos foram inoculados com Phyllosticta citricarpa (1x104 conídios mL-1), por pulverização, seguido de novo ensacamento. A avaliação da incidência e severidade da doença ocorreu na colheita dos frutos. Um segundo experimento, sob infecção natural, foi constituído pelos mesmos tratamentos, sendo os fungicidas aplicados nos estádios F1 (queda de pétalas) e F2 (frutos com 1cm de diâmetro) mediante pulverização tratorizada e vazão média 7,35 L calda planta-1. Subsequentemente, e de forma semelhante para todos os tratamentos, foram realizadas quatro aplicações de azoxistrobina (30 g de i.a./ha) acrescida de óleo mineral a 0,25%. Foram realizadas quatro avaliações mensais para determinação da incidência e severidade dos sintomas. Concluiu-se que: as pulverizações iniciais com fungicidas cúpricos são fundamentais para o controle da mancha preta dos citros; independente das condições de condução, para ambos os ensaios o fungicida hidróxido de cobre propiciou a melhor resposta de controle da mancha preta dos citros com a menor dosagem de cobre metálico (43,7 g de Cu++100L-1).

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

AGUIAR, R. L. et al. Período de incubação de Guignardia citricarpa em diferentes estádios fenológicos de frutos de laranjeira ‘Valência’. Tropical Plant Pathology, 37: 155-158, 2012.

ALMEIDA, T. F.; REIS, R. F.; GOES, A. Method of inoculation of Guignardia citricarpa (Phyllosticta citricarpa) on ‘Pêra Rio’ sweet orange fruit. In: IX INTERNATIONAL CONGRESS OF PLANT PATHOLOGY, 2008, Torino. Proceedings... 2008. International Society for Plant Pathology, 2008. 1: 158-159.

BALDASSARI, R. B.; WICKERT, E.; GOES, A. Pathogenicity, colony morphology and diversity of isolates of Guignardia citricarpa and G. mangiferae isolated from Citrus spp. Europe Journal Plant Pathology, 120: 103-110, 2008.

BRASIL. Ministério da Agricultura, pecuária e Abastecimento - MAPA. AGROFIT - Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários. Disponível em: <http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons>. Acesso em: 24 mai. 2017.

European and Mediterranean Plant Protection Organization - EPPO. PQR-EPPO data base on quarantine pests. 2017. Disponível em: <http://www.eppo.int/DATABASES/pqr/pqr.htm>. Acesso em: 30 ago. 2017.

FEICHTENBERGER, E. et al. Competição de fungicidas à base de cobre no controle da mancha preta (Guignardia citricarpa) em laranjeiras 'Folha Murcha'. Fitopatologia Brasileira, 26: 444-449, 2001.

HIDALGO G.; PÉREZ V. L. Diferenciación morfológica, cultural y biológica de Guignardia citricarpa y Guignardia mangiferae en frutos cítricos de Cuba. Fitosanidad, 14: 141–152, 2010.

IKEDA, M. Efeito de fungicidas do grupo químico das estrobilurinas no controle da mancha preta dos citros, na produção e na qualidade tecnológica dos frutos. 2011. 35 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia: Área de Concentração em Produção Vegetal) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Unesp, Jaboticabal, 2011.

KOTZÉ, J. M. Citrus black spot. In: TIMMER, L.W.; GARNSEY, S. M.; GRAHAM, J. H. (Eds.). Compendium of Citrus Diseases. St. Paul, MN: The American Phytopathological Society, 2000. v. 2, cap. 6, p. 595-634.

MOTTA, R. R. Determinação do período residual de fungicidas protetor e sistêmico para o controle de Guignardia citricarpa em frutos cítricos. 2009. 84 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia: Área de Concentração em Produção Vegetal) – Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Unesp, Jaboticabal, 2009.

SCALOPPI, E. M. T. et al. Efeito do manejo cultural e químico na incidência e severidade da mancha-preta dos citros. Revista Brasileira de Fruticultura, 34: 102-108, 2012.

SCHUBERT, T. et al. Citrus Black Spot (Guignardia citricarpa) Discovered in Florida. 2010. Disponível em: . Acesso em: 22 mai. 2017.

SILVA JUNIOR, G. J. et al. Pinta preta: a doença e seu manejo. Araraquara, SP: Fundecitrus, 2016. 208 p.

SPÓSITO, M. B. et al. Elaboração e validação de escala diagramática para avaliação da severidade da mancha preta em frutos cítricos. Fitopatologia Brasileira, 29: 81-85, 2004.

STOLLER DO BRASIL LTDA. Guia de fases de desenvolvimento: Citros. 1. ed. Cosmópolis, SP, 2010. 4 p.

TIMMER, L. W.; GARNSEY, S. M.; GRAHAM, J. H. Compendium of Citrus Diseases. 2. ed. Lake Alfred, FL: IFLA, 2000, 92 p.

VINHAS, T. Controle químico da Guignardia citricarpa, agente causal da mancha preta dos citros em frutos de laranja ‘Valência’. 2011. 41 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia: Área de Concentração em Master Citrus) - Fundo de Defesa da Citricultura, Araraquara, 2011.

WHEELER, B. E. J. An introduction to plant disease. London: John Wiley & Sons, 1969. 374 p.

Downloads

Publicado

14-02-2020

Edição

Seção

Agronomia