Bioestimulante à base de Ascophyllum nodosum na formação de mudas de hortelã sob estresse salino

Resumo

A hortelã se destaca pelas propriedades aromatizantes e terapêuticas. Contudo, o seu cultivo na região semiárida é limitado pela salinidade na água de irrigação. Assim, objetivou-se avaliar o efeito da aplicação de bioestimulante à base de Ascophyllum nodosum s teores de pigmentos fotossintéticos, a eficiência fotoquímica e o crescimento de hortelã sob irrigação com águas salinas. O experimento foi conduzido em casa de vegetação utilizando o delineamento de blocos casualizados, em esquema fatorial incompleto, com cinco níveis de condutividade elétrica da água de irrigação – CEa (0,50; 1,23; 3,00; 4,77 e 5,50 dS m^-1) e cinco concentrações de bioestimulante à base de alga marinha (0,00; 1,45; 5,00; 8,55 e 10,0 mL L^-1). O bioestimulante na concentração de 6,30 e 7,31 mL L^-1 amenizou o estresse salino sobre o teor de clorofila b e no IQD até CEa de 3,41 e 2,71 dS m^-1. A aplicação foliar de             10 mL L^-1 estimulou a formação de fitomassa das folhas e da parte aérea sob CEa de 0,5 dS m^-1. O aumento da salinidade não comprometeu os teores de clorofila a e total, porém, reduziu o crescimento e a produção de fitomassa. A maior eficiência quântica do fotossistema II foi obtido nas plantas submetidas a CEa de           4,5 dS m^-1. A fluorescência inicial, variável e máxima foram reduzidas com o aumento da CEa a partir de 0,5 dS m^-1. A aplicação foliar de até 10 mL L^-1 foi eficiente em reduzir os danos promovidos pelo estresse salino nas plantas de hortelã.