Sistema de consórcio de milho com gramíneas forrageiras e o uso de doses reduzidas do herbicida mesotrione
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252024v3712520rcPalavras-chave:
Capim ruziziensis. BRS Tamani. BRS Zuri. Cobertura verde. Manejo de plantas daninhas.Resumo
Gramíneas forrageiras dos gêneros Urochloa e Panicum, semeadas simultaneamente à cultura do milho, podem prejudicar a produtividade de grãos da cultura, necessitando do uso de doses reduzidas de herbicida para supressão do seu crescimento e evitar possível competição das plantas com o milho. Por isso, objetivou-se avaliar o uso de doses reduzidas do herbicida mesotrione para inibição do crescimento de gramíneas forrageiras (Urochloa ruziziensis e Panium maximum, cultivares BRS Tamani e BRS Zuri) e a capacidade de recuperação destas, quando semeadas simultaneamente à cultura do milho, em sistema consorciado. Dois experimentos foram instalados em condições de safra e segunda safra, no delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições, em esquema fatorial 3 x 4 mais 3 testemunhas de milho solteiro. As três forrageiras foram consorciadas com milho, com a semeadura simultânea, e pulverizados na pós-emergência das plantas com quatro doses de mesotrione (0, 48, 96 e 144 g ha-1) em mistura com atrazine (1,25 kg ha-1). Foram realizadas avaliações nas plantas daninhas, forrageiras e milho. Com base nos resultados obtidos, BRS Tamani foi a forrageira mais tolerante ao herbicida mesotrione, enquanto BRS Zuri, a mais sensível. O uso de mesotrione em mistura com atrazine no sistema de consórcio de milho com gramíneas forrageiras beneficiou o controle de plantas daninhas. As forrageiras testadas não interferiram na produtividade de grãos de milho, seja na condição de safra ou de segunda safra, mesmo sem a aplicação de herbicida.
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