Efluente da piscicultura e tempos de recirculação nas trocas gasosas e nutrição do agrião hidropônico
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252024v3712423rcPalavras-chave:
Nasturtium officinale. Nutrição mineral. Fotossíntese.Resumo
O presente estudo avaliou o potencial uso do efluente da piscicultura, combinado a solução nutritiva padrão e tempo de recirculação, sob as trocas gasosas e teores de macros e micronutrientes do agrião d’água em um sistema hidropônico. O estudo foi conduzido em blocos casualizados, no esquema de parcelas subdivididas com 4 repetições, em dois experimentos realizados nas estações de primavera e verão. As parcelas foram compostas por diferentes proporções de solução nutritiva (SN) e efluente da piscicultura (EP): S1 (0% de SN e 100% de EP), S2 (25% de SN e 75% de EP), S3 (50% de SN e 50% de EP), S4 (75% de SN e 25% de EP), e S5 (100% de SN e 0% de EP). As subparcelas foram constituídas por dois tempos de recirculação da solução (Tempo 1 – T1: 15 por 15 min e Tempo 2 – T2: 15 por 30 min), totalizando 40 parcelas experimentais. Avaliou-se a fotossíntese líquida, condutância estomática, transpiração, concentração subestomática de CO2, índice SPAD e teores de macro e micronutrientes. A fotossíntese líquida apresentou ajuste quadrático, em ambos os ciclos de cultivo, com máximos valores observados com uso de 86,0 (primavera) e 64,9% (verão) da SN. Os níveis foliares de N e P indicam que o uso de aproximadamente 70% da SN pode ser considerado satisfatório, já que proporcionou os maiores valores destes macronutrientes. A utilização de efluente da piscicultura pode viabilizar a produção de agrião em sistemas hidropônicos, influenciando o estado nutricional da cultura.
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