Eficiência produtiva e econômica de beterraba adubada com flor-de-seda em ambiente semiárido
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252024v3712349rcPalavras-chave:
Beta vulgaris. Calotropis procera. Monocultivo. Adubação verde. Otimização agroeconômica.Resumo
A utilização de espécies espontâneas do semiárido nordestino pode ser uma alternativa viável na prática da adubação em hortaliças tuberosas. Portanto, o objetivo desse trabalho, foi avaliar as máximas eficiências físicas e econômicas das características agroeconômicas da beterraba em monocultivo, em função de diferentes quantidades de biomassa de flor-de-seda (C. procera) em dois cultivos. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados com cinco tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos consistiram das quantidades de biomassa de flor-de-seda: 16, 29, 42, 55 e 68 t ha-1 em base seca, incorporadas ao solo. Em cada bloco dos experimentos foram adicionados dois tratamentos adicionais, um sem adubação (tratamento controle) e outro com adubação mineral, para fins de comparação com o tratamento de máxima eficiência física ou econômica. A cultivar de beterraba plantada foi a Early Wonder. A adubação da beterraba para obtenção da máxima eficiência produtiva otimizada (36,14 t ha-1) foi possível com a incorporação ao solo de 61,29 t ha-1 de biomassa seca de C. procera. A máxima eficiência agroeconômica otimizada (baseada na renda líquida de 68.740,15 R$ ha-1) do cultivo da beterraba foi obtida com a quantidade de 58,68 t ha-1 de biomassa seca de C. procera adicionada ao solo. A taxa de retorno obtida foi de R$ 2,91 para cada real investido e a margem de lucro foi de 74,93%.
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