Bioatividade de extratos de Ocimum campechianum sobre o desenvolvimento de Ascia monuste orseis
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252024v3712318rcPalavras-chave:
Bioinseticida. Controle alternativo. Alfavaca-de-galinha. Curuquerê-da-couve. Preferência alimentar.Resumo
A lagarta Ascia monuste orseis (Godart) (Lepidoptera: Pieridae), destaca-se como uma das principais pragas desfolhadoras das brássicas. Para mitigar os danos e reduzir os impactos na saúde humana e no meio ambiente, decorrentes do uso persistente e indiscriminado de inseticidas químicos, é crucial considerar a utilização de inseticidas botânicos como uma alternativa fundamental para seu controle. Deste modo, o objetivo foi investigar o estímulo-resposta do extrato bruto hidroalcoólico de Ocimum campechianum e de sua fração diclorometano (DCM) sobre A. monuste orseis. Avaliou-se o consumo foliar (cm2) das lagartas expostas aos extratos, mortalidade de lagartas em 24 h, mortalidade total de lagartas, mortalidade de pupas, duração do período de pupa e malformação morfológica em adultos. A alimentação das lagartas de oito dias, com a couve impregnada com o extrato bruto e sua fração DCM, resultou em diminuição da alimentação das lagartas, aumento da mortalidade larval (90%), alongamento do período pupal (2 dias) e aumento da deformação em adultos (50%). Portanto, o extrato bruto e sua fração DCM de O. campechianum apresentam potencial para uso no controle alternativo de A. monuste orseis.
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