Prolina na indução de tolerância de mudas de maracujazeiro-azedo ao estresse salino
DOI:
https://doi.org/10.1590/1983-21252024v3712048rcPalavras-chave:
Passiflora edulis Sims.. Salinidade. Síntese de osmólitos.Resumo
As fontes hídricas do semiárido brasileiro comumente apresentam altos teores de sais dissolvidos em sua composição, destacando-se como um dos estresses abióticos que limita a expansão da fruticultura irrigada, principalmente de culturas sensíveis ao estresse salino como o maracujazeiro-azedo. Assim, a utilização de substâncias elicitoras, como prolina, pode ser uma alternativa eficaz para mitigar o estresse salino nas plantas. Nesse contexto, objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos da aplicação foliar de prolina na fluorescência da clorofila, crescimento, qualidade e tolerância de maracujazeiro-azedo irrigados com águas salinas durante a fase de formação de mudas. A pesquisa foi conduzida no período de julho a outubro de 2022, em casa de vegetação em Campina Grande – PB, utilizando-se o delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 × 4, sendo cinco níveis de condutividade elétrica da água de irrigação CEa - (0,6; 1,2; 1,8; 2,4 e 3,0 dS m-1) e quatro concentrações de prolina (0, 5, 10 e 15 mM) com quatro repetições e duas plantas por parcela. A salinidade da água a partir de 0,6 dS m-1 reduz a fluorescência máxima, variável, eficiência quântica do fotossistema II e o crescimento de mudas maracujazeiro-azedo ‘BRS GA1’. A aplicação foliar de prolina em concentração variando de 6 a 8,05 mM aumenta o crescimento em altura de plantas, diâmetro de caule e área foliar de mudas de maracujazeiro-azedo. O genótipo de maracujazeiro-azedo ‘BRS GA1’ é sensível a salinidade da água, sendo o nível de salinidade limiar de 0,6 dS m-1 e a redução por aumento unitário da condutividade elétrica de 10,49%.
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